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domingo, 4 de abril de 2010

Escuridão

Olá.

Bem, eu não tenho jeitinho nenhum para fazer este tipo de comentários. Depois podem dizer-me se não estava muito disparatado? XD

Vou começar por divulgar este blog. Aqui podes votar e dar a tua opinião sobre o tema em discussão
Se quiserem que divulgue o vosso blog deixem-me um comentário com o respectivo.

Depois, vim pedir desculpa por não postar nada à quase 2 meses. Estes últimas 3 semanas têm sido um pouco complicadas. Vou ver se consigo postar, durante esta semana que vai decorrer, mas não posso prometer nada.

Por último, vou referir este texto que aqui vou postar. Ele era para um concurso que decorreu por todo o pais feito pela Editora Caminho - Concurso Uma Aventura . Mas, a minha prof. de Língua Portuguesa tinha que ver o texto antes de mandar para a editora. O que acontece é que a minha prof. ficou doente e, quando me voltou a dar o texto para alterar uma coisa ou outra (pois, porque esta esperteza única misturou o presente com o imperfeito do indicativo, em vez de usar o pretérito perfeito com o imperfeito do indicativo. Peço que, se alguma vez encontrarem um erro destes num dos textos que aqui poste e até mesmo nas histórias me avisarem.) o prazo para o enviar por via CTT tinha terminado. E restavam-me cerca de 3 dias para alterar, a minha prof. reler para depois o enviar. Com dois testes pelo meio deste caminho, ainda por cima das matérias que tenho mais dificuldade, foi-me impossível cumprir o prazo da entrega.

Mas espero que gostem. E que deixem as vossas opiniões em relação a ele. Acho que a minha prof. não encontrou o significado que eu tentei transmitir através dele, provavelmente é por não o escrever abertamente.

Bem, até uma próxima publicação de Renascida. E... Jokas
                                                
                                 Escuridão

     Escuridão. Ela cobria todos os recantos daquele sítio, mas… onde é que ele se situava?
     Estou perdida no meio da escuridão. Sou engolida pelo tormento dos perdidos e pela sede de vida dos caçadores. Eles andam por ali, há espera. Esperando que falha-se para se apoderarem da minha vida, e me tornarem numa deles. Num ser sem vida e sem alma. Mas eu não iria falhar. Tinha que continuar o meu caminho, tinha que sair dali.
     Todo o caminho que já tinha percorrido era escuridão. E eles continuavam a perseguir-me. Eles não iriam desistir. Não para já.
     Vejo uma luz. É brilhante no meio da escuridão, como um farol que me iria indicar o caminho para sair dali. Para sair de ao pé deles. Quando chegasse à luz eles iriam desistir. Eu sabia-o.
     Começo a correr, mas… não podia ser. A luz não se aproximava, continuava a afastar-se cada vez mais. E mais… e mais. Por fim ela desapareceu.
     Paro de correr. Eles aproximavam-se mais de mim. Sinto frio, todo o ar em meu redor se torna gélido. Sinto um leve roçar pelo meu pescoço. Eles tinham-no conseguido, tinham-se apanhado. Nada poderia fazer agora, apenas render-me.
     Viro-me. Sentia as minhas faces molhadas com as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Os meus olhos fecham-se. Só queria que não doesse. Sentia algo a agarrar-me pela cara. Puxava-me delicadamente para junto de si. Conseguia sentir o frio a entrar para dentro de mim. Mas, então, algo muda. Já nada me agarrava, já não sentia o frio a percorrer-me. Matando-me. Sentia uma enorme onda de calor.
     Abro os olhos. Há minha frente via outra luz. Esta não era como a primeira, esta irradiava calor. Um calor que me aquecia a alma… um calor que os afugentava.
     Ela para a vários metros de mim. Brilhava intensamente. Não sabia como, mas queria que eu me aproximasse. Avanço relutantemente. Tinha medo, medo do frio que sentira há pouco, medo do calor que emanava daquela luz flamejante. Medo de me perder nos confins da escuridão que me circundava.
     Há medida que me aproximo a luz vai-se desvanecendo. Agora podia ver o que era. Era… um espelho. Era branco, redondo e, no meio de tamanha escuridão, irradiava luz. Chego ao pé dele. Olho para o meu reflexo e vejo-me. Mas como poderia ser? Aquela não era eu, não poderia ser eu. A rapariga reflectida no espelho tinha cabelos de um dourado resplandecente, a sua pele branca como a neve e os seus olhos azuis eram pacíficos como os oceanos, mas fortes e duros como as noites de tempestades no alto mar. Atrás dela não havia escuridão. Havia… rostos «. Os rostos gélidos dos perdidos, a raiva no olhar dos caçadores… e em todos eles um desejo por sede de vida.
     A rapariga de espelho sorri-me. A sua mão toca na superfície de vidro que nos separava, uma espécie de nevoeiro cobre a sua superfície do vidro Inconscientemente estico a mão na direcção do sítio onde deveria estar a dela. Eu não conseguia ver, mas senti as nossas mãos a unirem-se. O vidro, com o nosso toque, transforma-se lentamente em gelo. A rapariga do espelho sorria-ma. O vidro estilhaça-se por toda a partem, os seus fragmentos estalam na escuridão há minha volta… e o meu caminho é iluminado pelo brilho dos fragmentos do espelho.
     Olho para trás. A rapariga loira tinha desaparecido e agora, ainda suspenso no ar, encontrava-se o espelho sem vida. Era apenas um espelho partido.
     Ando cautelosamente pelo caminho que os fragmentos de vidro tinham formado. Estava quase a acabar quando, há minha frente, aparece uma porta de um branco límpido e, tal como os fragmentos do espelho ela resplandecia.
     Toco na maçaneta. A porta abre-se de rompante, entro por ela. O interior é escuridão. Mas não escuridão que despertasse medo e terror, esta era calma. Fazia-me sentir em paz e em segurança.
     Começo a andar no meio da escuridão. Mas não ando muito, simplesmente caio. Caio para o vazio daquele caminho sem fim. Fecho os olhos, e continuo a cair e a cair. A cair num vazio sem fim. Depois simplesmente paro. Abro os olhos e vejo.
     Esta suspensa a alguns metros de um solo pintado de verde. As flores nele estavam a germinar, algumas delas eram de um branco límpido outras eram de um vermelho cor de sangue.
     Sinto-me a descer. Agora estava no solo, era coberta por várias flores. As suas pétalas eram macias e tocavam-me na pele com delicadeza.
     Levanto-me do solo. Ouço uma leve melodia a tocar no ar. As notas eram melódicas e alegres. Não havia tristeza nelas, apenas alegria na arte de tocar.
     Sigo o melódico som das notas de música. Elas levam-me até a um caminho de pedra do mais puro branco. Ouço as notas, elas seguiam o caminho e eu seguia-as por ele.
     O caminho levou-me até um arco de pedra branca. O arco resplandecia da mais bela-luz. Passo por baixo do arco e continuo a seguir as melodiosas notas.
     O caminho de pedra começa a percorrer um pequeno bosque. As árvores cobriam os dois lados do
caminho e separavam o céu da terra. As notas entravam no bosque como uma velha conhecida daquelas árvores. Eu segui o seu exemplo. O bosque estava escuro, nenhuma luz entrava no seu interior. Mas uma pequena luz começa a irradias o estremo do bosque, mesmo há minha frente. Eu corro até ela.
     Aquela luz ia dar a uma clareira e, no meio dela, havia um lago. Mas… não era só isso. Dos lados do lago encontravam-se… mas não poderia ser. Os meus olhos deveriam estar a ver mal. Eram… fadas! As suas vestes eram de um branco límpido, as suas asas de uma suave cor de prata. Os seus cabelos eram loiros, brancos, ruivos castanhos e de um preto cor de carvão.
     Olhei para o interior do lago. Lá, sentada sobre a água, coberta pela delicadeza de inúmeros nenúfares de inúmeras cores, estava uma linda mulher. Os seus cabelos eram de um loiro resplandecente, a sua pele era branca como a neve e os seus olhos azuis, cor de safira, eram pacíficos como os oceanos, mas fortes e duros como as noites de tempestade no alto mar. Ela era… a rapariga que vira no espelho. Ela também era uma fada. As suas vestes eram de seda, da mesma cor branca e pura como as vestes das raparigas há volta do lago. As suas asas eram douradas.
     Ela voa na minha direcção. Pousa, com delicadeza, a poucos metros de mim. Aproximo-me dela. Ela fala-me.
     - Filha. Passaste pelo desejo dos perdidos. Foste purificada da maldade e do ódio dos humanos no arco dos desesperos. Enfrentaste o teu próprio medo no bosque das sombras. Agora podes passar no nosso último teste. Tens que mergulhar no lago e separar a tua alma do seu de descanso se quiseres juntar-te a nós.
     Só agora notara que não havia movimento há nossa volta. Todas as fadas tinham parado para A ouvir.
     Ela estica-me a mão. Eu seguro-a. Ela encaminha-me para a beira do lago. Os meus pés mergulham na água. Era gelada, mas não me fazia sentir frio. Ando devagar pela água. Ela já não me segurava a mão. Fico sem pé e depois… Escuridão.

Vim desejar uma Boa Páscoa.